No âmbito da Acreditação ERASMUS do AE Carlos Gargaté, decorreram, entre 17 e 23 de março, duas Mobilidades.
Um grupo de dez alunos do 9.º e 10.º ano, acompanhados pelas professoras Sylvie Moreira e Paula Torrado, teve oportunidade de frequentar um Curso sobre Empreendedorismo na Hunfalvy Bilinguial Secondary Vocational School. Trata-se de uma escola centenária, inovadora e progressista; especializada em estudos na área das ciências económicas e empresariais, privilegia igualmente as competências linguísticas oferecendo aulas de inglês, francês, alemão, russo e japonês; os alunos terminam com uma habilitação que lhes permite entrar diretamente no mercado de trabalho em empresas ou bancos ou continuarem os estudos superiores nas áreas da economia e gestão. Os alunos portugueses e os dez alunos húngaros que os acolheram tiveram oportunidade de participar num curso intensivo sobre marketing e empreendedorismo. O que descobriram e aprenderam? Nada melhor do que escutar os testemunhos dos alunos disponíveis em seis episódios da season 3 do Podcast da Biblioteca Escolar do nosso Agrupamento, em https://www.podomatic.com/podcasts/bibliotecapodcast.
Em paralelo, as professoras Teresa Pombo e Cristina Augusto participaram num jobsadowing sobre Promoção da Leitura. Durante a semana, tiveram a oportunidade de assistir a aulas em duas escolas, a escola já citada (uma aula de inglês) e três aulas do 1.º ciclo, uma de inglês do secundário (leitura e desenvolvimento vocabular) bem como uma sessão na Biblioteca na Escola Fazekas Mihály Gimnázium. Esta escola, também centenária, acolhe alunos do 1.º ciclo ao ensino secundário e destaca-se na área das Ciências Exatas. Do programa de atividades, fez ainda parte a visita a duas bibliotecas públicas, a Biblioteca Nacional Széchenyi, situada no Castelo de Buda e a Biblioteca Metropolitana Szabó Ervin, situada no bairro considerado como Campus universitário em Budapeste. Houve oportunidade, em ambas as escolas, de conversar com vários docentes e partilhar preocupações comuns relativamente à diminuição do interesse pela leitura na faixa etária dos adolescentes e à necessidade de promover a literacia digital face aos desafios colocados pela Inteligência Artificial, por exemplo. Constatamos que as práticas de acesso à Biblioteca são muito semelhantes às portuguesas (visita à Biblioteca, Hora do Conto, leitura silenciosa, estudo, requisição), e gostamos particularmente de assistir às aulas do 1.º ciclo em que a leitura foi trabalhada de uma forma muito aprofundada e interativa destacando-se o trabalho colaborativo (todas as salas organizadas em mesas de 4 alunos, em que um tinha claramente um papel de liderança na ocasião observada) e a autonomia dos alunos que observamos (entre os 6 e os 8 anos).
Foram, sem dúvida, dias muito ricos e uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e académico/ profissional para todos os envolvidos.